sábado, 14 de setembro de 2013

EDITORIAL

Muito se tem falado ultimamente nos acessos ao Hospital de Loures, utilizando os transportes públicos, chovendo críticas de todos os quadrantes políticos ao serviço mal prestado por uma empresa privada, que detém a concessão do transporte público na totalidade do concelho de Odivelas.

Tratando-se de uma empresa privada, mas que presta serviço público, a autarquia poderá ter, por via dessa obrigação da prestação de serviço público algo a dizer, até porque o mau serviço prestado pela empresa não se esgota nos transportes para o Hospital.

Essa empresa, Rodoviária de Lisboa, que sucedeu ao C.E.P. 6 da Rodoviária Nacional após a sua privatização é um exemplo claro de como a privatização de serviços públicos essenciais se podem detiorar na sua qualidade, quando unicamente orientados para o lucro imediato. Além disso, comete o sacrilégio de não respeitar a memória das empresas privadas e nacionalizadas em 1975, que a antecederam, Arboricultora, Bucelense e Boa Viagem, essas sim, com claros bons serviços prestados à população que serviram.

Não tendo qualquer aspiração política, nem sendo formado em gestão de transportes públicos, mas dotado do bom senso, coisa que parece faltar a quem gere a Rodoviária de Lisboa, deixo aqui uma sugestão simples, sem custos acrescidos para a empresa e beneficiando claramente a população utente do Hospital, que poderá ser uma boa base da discussão que inevitavelmente, o poder autárquico terá de assumir desenvolver com os senhores dos transportes.

Prolongamento da carreira 204 até ao Hospital, passando pelo interior de Olival Basto, servindo assim toda a zona sul do concelho, sem necessitar de aumento de circulações.
Prolongamento da carreira 228, que sai do Colégio Militar, dos Apréstimos  ao Hospital, passando a servir as freguesias de Pontinha e Famões pelo percurso da carreira 206, sem precisar de aumentar a frequência das circulações.
Alteração do percurso da carreira 206, para o percurso da antiga carreira 217 e encurtamento das suas circulações aos dias úteis e "horas de ponta".
Manutenção do percurso da carreira 225 entre o Sr.Roubado (Metro) e o Hospital, nos moldes atuais.

É absolutamente claro, que o interesse público do acesso ao Hospital terá de se sobrepor ao interesse privado do gestor do Parque de estacionamento do Hospital.

É só uma sugestão, uma base de inicio para a negociação, atendendo aos interesses de todas as partes. Segue-se o trabalho dos políticos e dos senhores que detém a técnica da gestão dos transportes. É o nosso contributo de cidadania.


LFS

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