sábado, 26 de julho de 2014

EDITORIAL: REPOR A VERDADE, SEMPRE QUE SEJA PRECISO

Por vezes é preciso repor a verdade, na medida em que uma mentira, à custa de tantas vezes contada tenderá a ser verdadeira.

De quando em vez, ou talvez, sempre que se inventa pretexto para isso, somos confrontados com a diminuição da função que, se deve esperar desempenhe um microfone, à condição de uma faca que se usa na liga para ferir quem não nos agrada, ou de uma forma ou outra, não nos beneficia, não atende os nossos pedidos, não nos bajula, ou não tem medo daquilo que se convencionou chamar o "quarto poder" e que, na realidade, o único poder que lhe assiste é contar o fato, tal como ele é e despido de qualquer interpretação.

É coisa comum no jornalismo atual e frequente, no que diz respeito à informação local. Coisa de quem poderá estar de mal com a vida, ou que se sente com direito a algum privilégio, que em bom rigor não deve ter.

Estes dias, já lá vai mais de ano e meio na coordenação da Informação da RÁDIO CRUZEIRO, Nem sempre têm sido dias fáceis, face à precariedade das condições de trabalho disponíveis e dos meios humanos para o fazer. Pressões, desconfortos, stress, e muita dificuldade em acompanhar tudo o que se passa no nosso concelho, é coisa comum ao nosso quotidiano, mas foi aquilo que quisemos comprar e assumimos fazer e quando não conseguirmos viver com isso, chegou o dia de ficarmos em casa, a ver os outros trabalhar, porque já não andaremos aqui a fazer nada de positivo.

Tendo em determinada altura do meu percurso trabalhado para a Rádio Jornal da Madeira, sei muito bem valorizar um Poder Autárquico sempre disponível para o esclarecimento, sem interferir na linha editorial, seja a que hora, ou dia, for necessário esse esclarecimento, ou contraditório.

Por isso e em contraponto com algumas "coisas" que andam publicadas por aí, sou a constatar que a RÁDIO CRUZEIRO nunca teve qualquer dificuldade em obter declarações da Presidente da Câmara Municipal de Odivelas, seja sobre que assunto for, à hora, ou ao dia que tiver de ser.

Acredito que isto aconteça, porque não nos promovemos a juízes da causa pública, apenas relatamos o que acontece, deixando a interpretação do fato para quem nos acompanha. Reconhecendo que um microfone é uma arma com demasiado poder e que, mal usado, pode causar danos irreparáveis aos demais, defendo a responsabilização do seu uso.

"Microfone na liga", aqui não!  Se alguma vez deixar que assim seja, está na hora de ir embora...

Além da RÁDIO CRUZEIRO reconheço os esforço feitos quotidianamente pelos colegas "Notícias de Odivelas" e "Notícias de Cá e De Lá", pela dignificação da atividade de informar localmente.
 
Luís Filipe Silva
 

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