segunda-feira, 13 de outubro de 2014

OPINIÃO CRUZEIRO


 
Direito à greve e à dignidade!

Hoje gostava de vos escrever a propósito da habitual greve do metro (está outra a caminho) com que periodicamente os odivelenses são brindados.

Os últimos argumentos, favoráveis à referida paralisação, eram: “pela dignificação do serviço publico” e “contra a privatização da empresa”.

Vamos por partes. Pois elas são diversas.

Estamos então perante uma paralisação (esta ultima de 24 Horas) em que não esta em causa aumentos salariais, mas sim, questões politicas.

Questões salariais, não faziam sentido, quando alguns trabalhadores, no final do mês, (depois de trabalharem por turnos) levam para casa mais de 2.000 euros.

Pergunto eu: um trabalhador dignifica o serviço público quando coloca outros trabalhadores a subir a Calçada de Carriche a pé?

Pergunto eu: numa democracia os transportes não podem ser privatizados porquê?

Será que sendo a empresa privatizada acabava o “regabofe” destas greves sem sentido?

Os trabalhadores do metropolitano ao decretarem greve pensam nas pessoas que ganham 500 euros mensais e compram um passe que rondam os 50 euros (10% do ordenado bruto), para depois não poderem usar o meio de transporte?

Pergunto eu: porque não desenvolvem a vossa luta entre as 10 e as 16 H?

Querem dignificar o transporte público dos quais são trabalhadores?

Proponham, que o metropolitano funcione toda a noite, de 6 feira para sábado e de sábado para domingo, como na grande maioria das capitais europeias. Contribuíam e muito para o serviço publico.

Principalmente aos jovens!

Nota: na minha primeira crónica (a anterior) assumi-me de direita.

Fui “abordado”.

Para que fique claro: sou essencialmente uma pessoa de valores democráticos e com muito respeito pela liberdade de cada um.

José Barão das Neves

13 de Outubro de 2014

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