Direito à greve e à dignidade!
Hoje gostava de vos escrever a propósito da
habitual greve do metro (está outra a caminho) com que periodicamente os
odivelenses são brindados.
Os últimos argumentos, favoráveis à referida
paralisação, eram: “pela dignificação do serviço publico” e “contra a privatização
da empresa”.
Vamos por partes. Pois elas são diversas.
Estamos então perante uma paralisação (esta ultima
de 24 Horas) em que não esta em causa aumentos salariais, mas sim, questões
politicas.
Questões salariais, não faziam sentido, quando
alguns trabalhadores, no final do mês, (depois de trabalharem por turnos) levam
para casa mais de 2.000 euros.
Pergunto eu: um trabalhador dignifica o serviço público
quando coloca outros trabalhadores a subir a Calçada de Carriche a pé?
Pergunto eu: numa democracia os transportes não
podem ser privatizados porquê?
Será que sendo a empresa privatizada acabava o “regabofe”
destas greves sem sentido?
Os trabalhadores do metropolitano ao decretarem
greve pensam nas pessoas que ganham 500 euros mensais e compram um passe que
rondam os 50 euros (10% do ordenado bruto), para depois não poderem usar o meio
de transporte?
Pergunto eu: porque não desenvolvem a vossa luta
entre as 10 e as 16 H?
Querem dignificar o transporte público dos quais são
trabalhadores?
Proponham, que o metropolitano funcione toda a
noite, de 6 feira para sábado e de sábado para domingo, como na grande maioria
das capitais europeias. Contribuíam e muito para o serviço publico.
Principalmente aos jovens!
Nota: na minha primeira crónica (a anterior)
assumi-me de direita.
Fui “abordado”.
Para que fique claro: sou essencialmente uma
pessoa de valores democráticos e com muito respeito pela liberdade de cada um.
José Barão das Neves
13 de Outubro de 2014
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