quinta-feira, 20 de novembro de 2014

OPINIÃO/CRUZEIRO



A forca do Associativismo Parental


Quem conhece esta força (aparentemente ligeira para os menos atentos), toma consciência da verdadeira importância da mesma nos movimentos ascendentes que causa, dos efeitos catalisadores sobretudo do combate à inércia governativa no sector da educação e desenvolvimento pessoal das crianças enquanto futuros cidadãos bem integrados na sociedade.


Durante mais de doze anos envolvi-me nesta causa à qual fui chamada e numa aprendizagem contínua tomei eu mesma essa consciência!


Desde as forças governamentais às direções de escola, de uma forma mais ou menos consentânea e gradativa houve a perceção da necessidade da intervenção parental no ambiente escolar, criando normas e leis que impõem a participação em órgãos deliberativos e consultivos, envolvendo-se desde modo próximo dos problemas escolares e na ajuda ao combate dos mesmos.


À necessidade de opinião parental, juntou-se o reconhecimento da eficácia da Acão dos pais junto das entidades, como força mobilizadora para a revindicação do direito a uma escola pública com qualidade quer na formação quer na educação do futuro cidadão que é cada uma das nossas crianças.


De uma forma mais ou menos organizada foram-se criando ao longo dos tempos associações, federações e confederações que mais ou menos articulada no tempo e no espaço, fazem do seu terreno de um modo particularista, um terreno de abertura à sociedade, abrindo portões, canais de comunicação e alertas fazendo jus à sua existência e tornando a escola pública uma causa de responsabilidade social mais do que um direito constitucional fundamental.


É nesta responsabilidade social e pessoal que não raras vezes o voluntariado parental é visto por quem não se embrenha nesta dinâmica altruísta, como um trampolim para atingir fins que careçam de visibilidade! 


Pois bem, aqui temos o paradoxo: Não há ação que não resulte na visibilidade e por sua vez não há consequência que não seja mais ou menos reconhecida pela ambiente social! Isto é, uma situação leva indubitavelmente à outra!


Visíveis ou não as equipas estão aí! As associações tornam-se coesas e as boas práticas proliferam com maior ou menor eficácia, fazem parte da solução com a força de quem tem a razão do exemplo da cidadania ativa e da vontade de ensinar valores, vincar direitos, estabelecer pontes, derrubar muros!


Deste modo, os pais fazem-se escutar hoje, junto do poder autárquico, dos ministros e até têm voz na Assembleia da República.



Fernanda Pina

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