Taça de Portugal de Futebol Feminino
De volta a Lisboa após uma longa viagem p´ra lá do Porto com saída pelas sete da manha e chegada à Pontinha por volta das 23 horas. Um longo dia integrado na comitiva da equipa do CAC de Futebol Feminino. Retificando, um dia em familia.
Esta dolorosa deslocação deveras cansativa serviu de suporte para a disputa da 2ª Eliminatória da Taça de Portugal de Futebol Feminino.
Nos tempos que correm e com as dificuldades a que a sociedade em geral e os Clubes em particular estão sujeitos, penso que este modelo da Taça de Portugal está desadequado à realidade existente.
Nas três primeiras eliminatórias, as equipas do Campeonato de Promoção deveriam disputar as mesmas por zonas, evitando deste modo deslocações de mais de trezentos kms e de custos com transpotes e alimentação insuportáveis.
Recordo que a maior parte destas atletas pagam para jogar, e subcarregar os pais com mais este tipo de encargos não fará qualquer tipo de sentido.
Não compreendo também porque é que a FPF suporta o transporte das equipas da 1ª divisão em deslocações acima dos 100 km e não apoia as equipas do Campeonato de Promoção. E
Este tipo de comportamentos e descriminações deixa na boca de quem dirige um verdadeiro sentimento de injustiça e de dois pesos e duas medidas.
Afinal não somos todos filhos de Deus?
Caso a C.M.Odivelas não tivesse colocado um autocarro à disposição da equipa (que desde já agradecemos) para este compromisso, esta deslocação e o Clube ficariam em sérias dificuldades financeiras para fazer face a esta deslocação.
Este modelo de prova deveria ser revisto e adequado na próxima edição da Taça de Portugal.
Fico com a sensação nítida de que se tem pouca sensibilidade no tratamento destas matérias que extrapolam em muito o plano desportivo.
Por vezes temos de descer das nuvens para sabermos o que se passa na terra.
Assinalo também a razoável actuação de uma árbitra recém chegada aos nacionais e que esteve à altura do encontro. Erros aqui e ali, mas sempre com pulso para segurar o jogo e com personalidade.
Prevejo que a mesma tenha sucesso num futuro próximo com este tipo de postura.
Apesar do comportamento aceitável do público presente, registo que infelizmente uma grande parte deste não conhece as regras do Futebol.
Fruto deste desconhecimento, criam-se algumas situações desagradáveis para as três equipas em campo, com algumas ofensas verbais gratuitas fora do contexto e desprovidas de razão.
Afinal não é este o segredo e a paixão que alimenta este fenómeno a que se dá o nome de Futebol?
É bem verdade!
Em cada pessoa temos um potencial treinador, dirigente, árbitro ou jogador.
Esta é a magia do Futebol!
Torna-se por vezes engraçado certas situações em que certas pessoas que partilham o mesmo espaço a ver o mesmo jogo, e que conseguem ter interpretações tão diferentes do mesmo lance.
- É falta!
- Não é nada! Nem lhe tocou...eh pá levanta-te
e o outro,
- Grande pau! Cartão amarelo Sr. árbitro.
- Deixa-te de ronha.
Este é o sal que tempera as emoções e os estados de espírito de quem joga, arbitra ou simplesmente assiste a este espetáculo.
Bem, mesmo ao pé coxinho lá seguimos caminho de pulo em pulo.
Vamos aguardar serenamente o próximo adversário da Taça Rainha em Portugal .
vitor cacito
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