Fez há pouco tempo sete anos - mais exatamente no passado dia 16 de janeiro - que alguns odivelenses que amam a terra onde vivem fundaram o Movimento Odivelas no Coração (MOC). Foram eles: António Gonçalves, Joaquim Lourenço, Jorge Ramos Silva, José Barão das Neves, Maria de Lurdes Carreto e Vítor Peixoto.
Afirmo com orgulho que o MOC é o meu movimento, é uma das minhas casas. Integrei este movimento em 2009 e continuo como associado. É a instituição onde desenvolvo a maior parte do meu trabalho voluntário e na qual já fiz de tudo - desde carregar móveis, fazer cabazes alimentares para as famílias carenciadas, funções diretivas e muitas outras mais que já não me lembro ou não vale a pena elencar.
Como muitos se recordam, o MOC nasceu como movimento político de cidadãos independentes que pretendiam apresentar uma candidatura aos os órgãos autárquicos do concelho de Odivelas. Milhares de odivelenses assinaram pela nossa participação (o que não quer dizer que votassem em nós) mas, por motivos que muitos conhecem, a candidatura do MOC não foi aceite pelo Tribunal e, como tal, foi excluída das eleições autárquicas de 2009.
É, sem dúvida, a fase mais polémica da sua ainda curta vida mas nunca foi renegada ou ocultada pelo MOC. Bem pelo contrário, o MOC assume-a e com orgulho.
Porém, depois da desilusão eleitoral e ao invés do que muitos esperariam, o MOC não morreu. Pelo contrário, transformou-se após naturais momentos de alguma desorientação, muita reflexão e ponderação.
O objetivo continuou igual - melhorar a qualidade de vida dos odivelenses. O que mudou foi a maneira de o fazer. O caminho que na altura se decidiu trilhar - que ainda é o atual - passaria agora pela intervenção cívica, apartidária, ativa e aberta à comunidade. Assim se fez.
O resultado desta metamorfose do MOC está à vista de todos ao fim de sete anos. Destaco, de entre outras: o apoio a cerca de 180 famílias (o que abrange mais de 500 odivelenses) aos níveis alimentar, social, psicológico, de saúde, escolar e de inserção profissional; ações solidárias diversas como várias recolhas de alimentos; diversos debates e tertúlias sobre temas pertinentes da realidade nacional e concelhia; atividades recreativas e culturais; um corpo de várias dezenas de voluntários ou a atribuição dos prémios Coração Cívica a entidades e personalidades que se distinguiram pelo seu trabalho cívico e solidário.
O trabalho feito ao longo destes sete anos deve ser (e sei que é) motivo de orgulho para todos os que, de uma forma ou outra, ajudaram o MOC a tornar-se numa referência do associativismo e da intervenção cívica em Odivelas. Contudo, de entre muita gente boa que ajuda ou ajudou o MOC não posso deixar de destacar uma pessoa, pela qual tenho a maior admiração e consideração, um grande odivelense que depois de fundar o MOC, presidiu-o de 2009 a 2013 e que foi o arquiteto do MOC atual - falo, incontornavelmente, de Vítor Peixoto. A sua dedicação, competência, capacidade de liderança foram fundamentais para aquilo que o MOC hoje é. Mais do que qualquer outra pessoa, é ele que está de parabéns!
No próximo sábado, no Pavilhão Polivalente de Odivelas, far-se-á a festa o aniversário do MOC. Porém, comemorar-se-á não apenas o aniversário do MOC mas também a cidadania e a solidariedade, celebrar-se-á Odivelas.
A festa é aberta a todos e como orgulhoso sócio e voluntário do MOC deixo o meu convite para aparecerem e festejarem connosco.
Simbolicamente, vou deixar aqui uma foto que marca a mudança do MOC, tirada na nossa primeira atividade como movimento cívico (depois da fase política) e que pretendia chamar a atenção para um problema (infelizmente, ainda não resolvido) - as várias linhas de alta e muito alta tensão que cruzam o nosso concelho.
PARABÉNS MOC!
Fernando Sousa Silva
Sociólogo
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