A importância dos avós
Vivemos tempos difíceis.
Infelizmente, não prevejo nada de bom nem mudanças para melhor em 2015.
Os Pais cada vez são mais escravos do trabalho e das contas do final do mês.
A sobrevivência familiar e económica bateram recordes em 2014.
As familias cada vez estão mais pobres.
Por vezes estes são um complemento muito significativo no orçamento mensal das familias com ajudas nas mensalidades do colégio, aquisição de material escolar e desportivo, visitas de estudo, viagens de final de curso, ou no vestuário diário dos seus netos entre outras coisas.
Cada vez menos os Pais tem tempo para poder acompanhar os seus filhos nas tarefas diárias mais elementares.
Os trabalhos de casa, as idas aos treinos e jogos das nossas crianças, cada vez mais estas tarefas são asseguradas pelos Avós.
Bem... nem tudo é negativo.
Esta é uma maneira saudável dos Avós acompanharem o crescimento dos seus netos, de terem uma actividade que lhes dá algum sentido de responsabilidade e de ocupação na vida.
Todos sabemos pelos noticiários as notícias de abandono a que as pessoas de mais idade estão sueitas.
Falta de tempo.
Falta de amor.
Falta de ocupação.
Solidão.
O depósito de pessoas em lares, hospitais, centros de dia entre outras instituições.
A falta de respeito por parte da sociedade em geral por pessoas com enormes histórias de vida e que trabalharam uma vida inteira e ficam privadas de sentimentos, cumplicidades e afectos.
Para que tipo de sociedade caminhamos?
Egoísmo?
Egocêntrismo?
Capitalismo devorador?
Dá que pensar!
Valores...
Não estou a falar de dinheiro nem da acumulação de acções, ouro ou património imobiliário.
Será justo após uma vida cheia de quase tudo se fique apenas e tão só com uma mão cheia de nada?
Solidão.
Talvez o maior flagelo da era actual ?
Como combatê-lo?
Dar tarefas aos Avós!
Aproveitar as suas experiências de vida e partilhá-las.
É nesta altura que que os Avós tem mais tempo disponível e que saudavelmente podem ser uma peça muito importante na valoração do conceito de família e na sua estabilidade.
Ninguém substitui ninguém, mas podemos ajudar a colmatar algumas lacunas que poderão equilibrar o espectro familiar com benefícios substanciais para Pais e Avós.
O levar os meninos ao Ballet, ao Judo, à Natação e ao Futebol, claro está, não tivessemos nós quase 10 milhões de Cristianos Ronaldos.
A simbiose perfeita e ainda por cima realizada com muito amor.
Gostaria que todos nós fossemos um pouco mais condescendentes e que perdoássemos algumas "parvoíces" que se fazem nestas idades avançadas.
Quem não as faz?
Afinal todo nós caminhamos a passos largos para a velhice, e depois...
Deixo este meu desejo para 2015.
Afortunados aqueles que ainda podem disfrutar das brincadeiras e reprimendas dos Avós.
Por mim poderei dizer que do alto do meu meio século continuo a amar os meus avós estejam eles onde estiverem.
Deixem-me acreditar que são estrelas brilhantes no céu que têm acompanhado a minha vida.
Com muito amor.
vitor cacito
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